Tecnologia inteligente promete escritórios mais sustentáveis e econômicos

Edifícios comerciais, responsáveis por mais de 30% das emissões globais, podem se tornar mais eficientes com recursos inteligentes

Algumas tecnologias inteligentes podem reduzir a pegada de carbono de edifícios comerciais, que contribuem com mais de um terço das emissões globais de combustíveis fósseis. 

A afirmação vem de uma análise publicada na Scientific American por Farzam Sepanta, engenheiro civil, arquiteto e pesquisador, e William O’Brien, professor em engenharia civil e ambiental, ambos da da Carleton University.

De acordo com os autores, a inovação é uma resposta essencial para mitigar os impactos ambientais que as mudanças do mundo do trabalho geraram.

Embora o home office tenha se tornado comum, edifícios parcialmente vazios continuam consumindo altas quantidades de energia. Isso ocorre porque sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado precisam compensar a ausência do calor gerado por ocupantes, especialmente em climas frios. Como resultado, o consumo energético desses espaços muitas vezes não diminui tanto quanto o esperado.

Tecnologia que reduz custos e apoia o meio ambiente

Entre as soluções sugeridas por Sepanta e O’Brien, está a ventilação controlada por demanda, que ajusta a ventilação com base no número real de pessoas presentes. Dessa forma, ela reduz a carga de aquecimento em prédios pouco ocupados. 

Além disso, o uso de plugs inteligentes para controlar dispositivos em stand-by e o relaxamento das configurações de temperatura durante períodos de baixa ocupação podem resultar em economias de energia que variam de 5% a 40%, dependendo do clima e do nível de ocupação.

E os benefícios dessas medidas vão além da redução de custos. Diminuir o consumo de energia nos edifícios reduz diretamente a pegada de carbono. Isso é fundamental, já que boa parte da eletricidade ainda depende de combustíveis fósseis. 

Apesar das vantagens, a adoção de tecnologias inteligentes enfrenta barreiras como custos de implementação, complexidade técnica e resistência cultural. Questões como interoperabilidade com sistemas existentes e preocupações com privacidade também dificultam a integração. 

Para superar esses desafios, são necessárias políticas públicas mais robustas e maior conscientização dos ocupantes e gestores.

Trazer a inovação para os escritórios e residências é essencial para combater a crise climática. Combinadas a outras medidas, as tecnologias citadas por Sepanta e O’Brien podem ajudar a reduzir o consumo energético, minimizar custos e dar mais tempo para a transição global para fontes de energia renováveis. 

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