Nova lei do estado da Flórida, que entra em vigor no mês de julho, aperta o cerco contra imigração ilegal e pode levar à greve no estado
A nova lei de imigração do estado da Flórida, nos Estados Unidos, que entra em vigor no mês de julho, está revoltando comerciantes e trabalhadores e deve culminar em uma greve, marcada para o dia 1 de junho.
Entre as novas determinações, a legislação limita o acesso de imigrantes ilegais, ou sem documentos, a serviços públicos, invalida milhares de carteiras de habilitação suspeitas obtidas em outros estados, obriga que hospitais que recebem verbas públicas verifiquem o status de imigração dos pacientes antes dos atendimentos, além de destinar mais milhões de dólares ao programa do governo de realocação de imigrantes ilegais.
Mas talvez a medida mais contestada e problemática seja a previsão de penalidades para comerciantes e empresas que empregarem pessoas sem comprovação de visto de trabalho.
Enquanto os entusiastas da lei dizem que ela vai ajudar a diminuir o fluxo de imigrantes ilegais e melhorar as condições de emprego para residentes legais e cidadãos do estado, os críticos alegam que milhões de dólares serão perdidos com a medida.
Isso porque o estado conta com uma baixíssima taxa de desemprego, pouco mais de 2% em abril deste ano. Segundo Samuel Vilchez, diretor da American Business Immigration Coalition, uma organização que advoga pelos interesses das empresas nas leis de imigração, a legislação tratá problemas principalmente para a agricultura, construção e hotelaria do estado.
“Em algumas indústrias, os imigrantes são a maioria da força de trabalho, e não permitir que as empresas utilizem esses profissionais terá um impacto enorme na nossa economia e nossa capacidade de criar empregos”, disse Vilchez à NPR.
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