Decisão da Suprema Corte dos EUA reduz espaço de pessoas negras em universidades

No MIT, uma das universidades mais prestigiadas do mundo, a taxa de calouros negros caiu de 15% para 5% após a medida

Universidades nos Estados Unidos reportaram diminuição na matrícula de estudantes negros nas turmas deste ano. A redução ocorre após a decisão da Suprema Corte dos EUA de proibir o uso de critérios raciais nos processos de admissão. 

Dados recentes mostram que a proporção de alunos negros no Amherst College caiu de 11% no ano passado para apenas 3% este ano. A porcentagem de hispânicos também registrou queda de 12% para 8%. Em contrapartida, o ingresso de estudantes brancos aumentou de 33% para 39%, enquanto o de asiático-americanos subiu de 18% para 20%.

Na Tufts University, o número de universitários negros também diminuiu, passando de 7,3% para 4,7%, enquanto o de brancos aumentou de 46,8% para 49,3%. 

O prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT) foi a primeira grande universidade dos EUA a divulgar dados sobre a composição de sua nova turma desde a decisão judicial. Por lá, a proporção de pessoas negras admitidas caiu de 15% para 5%, e a de calouros hispânicos e latinos diminuiu de 16% para 11%.

Matthew L. McGann, reitor de admissões do Amherst College, reconheceu em comunicado aos alunos que “como consequência da decisão da Suprema Corte, a turma de calouros deste ano não é tão diversa quanto as anteriores”. 

Os números alarmantes reforçam a importância do debate em torno da inclusão nas universidades, principalmente no que diz respeito a grupos historicamente sub-representados nestes ambientes, e do peso que essa decisão terá no mercado de trabalho nos próximos anos.

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