Solidão teria se agravado na Coreia do Sul depois da pandemia – país não é o único a sofrer do problema
A Coreia do Sul vive uma “epidemia” de solidão. De acordo com o censo do país, o número de domicílios resididos por apenas uma pessoa saltou de 5,39 milhões, em 2016, para 6,64 milhões, em 2021, representando 31,7% do total de residências no país.
Já uma pesquisa realizada pela Gallup Coreia e o jornal local Seoul Shinmun com 1.008 adultos mostrou que 45,9% dos entrevistados disseram que se sentiam “mais sozinhos” depois da pandemia. Não por acaso, a partir de 2020, a taxa de suicídio por 100 mil habitantes do país era a maior entre os membros da OCDE.
Mas a Coreia não seria um caso isolado.
Em 2018, a então primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, criou uma liderança ministerial para enfrentar a solidão no país. E, em 2021, o governo do então primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, nomeou um membro do gabinete como o primeiro “ministro da solidão”.
A solidão pode afetar o bem-estar emocional e físico, aumentando o risco de doenças como depressão e infarto. Nas empresas, a falta de vínculos verdadeiros e uma cultura organizacional pouco voltada à colaboração também é um problema: mesmo rodeada de colegas, as pessoas podem se sentir isoladas.