De acordo com uma nova pesquisa, falta de rotina na hora de dormir pode atrapalhar o relógio biológico, o que prejudica a saúde
Segundo um novo estudo do European Heart Journal – Digital Health, quem dorme entre 22h e 23h tem um risco menor de desenvolver doenças cardíacas em comparação com aqueles que vão para a cama mais tarde.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores do Reino Unido acompanharam a rotina antes de dormir de quase 90.000 pessoas entre 40 e 70 anos. Fora isso, também levantaram questões como saúde física e outros hábitos de vida.
O resultado? Depois de seis anos de acompanhamento, descobriu-se que aqueles que aqueles que iam dormir à noite ou mais tarde tinham um risco 25% maior de desenvolver alguma doença cardiovascular. Quem ia para a cama entre 23h e 00h diminuía a probabilidade para 12%.
Porém, um fato curioso: ir dormir muito cedo também aumentava o risco das doenças do coração. Segundo o estudo, aqueles que iam para a cama às 22h ou antes, por exemplo, tinham 24% mais chance de ter um AVC ou outra doença cardiovascular.
“Os resultados sugerem que a hora de dormir cedo ou tarde pode atrapalhar o relógio biológico, com consequências adversas para a saúde cardiovascular”, escreveu o autor do estudo, o professor David Plans, da Universidade de Exeter.
Especialistas apontam que, mais do que a hora exata de ir dormir, alterações bruscas na nossa rotina e, consequentemente para o nosso corpo, são prejudiciais. Uma prova disso é que pesquisas sugerem uma maior incidência de ataques cardíacos e acidentes de carro durante situações como a transição para o horário de verão, por exemplo.