Empresa anunciou redução de camadas internas, realocação de recursos e prioridade para recolocação interna após cortes

A Amazon vai cortar cerca de 14 mil vagas em uma nova etapa de reestruturação global.

A decisão, comunicada à equipe pela vice-presidente de People Experience & Technology, Beth Galetti, faz parte de um movimento para enxugar camadas internas, acelerar decisões e realocar recursos em um momento em que a Inteligência Artificial já redefine o ritmo dos negócios.

Segundo Galetti, a companhia seguirá combinando cortes e contratações, com foco em reorganizar times para responder mais rápido às demandas do mercado. Os profissionais afetados terão 90 dias para buscar uma nova função dentro da própria Amazon, com prioridade nos processos seletivos.

Para quem optar por sair, haverá um pacote de desligamento que inclui indenização, apoio à recolocação e manutenção temporária de benefícios.

Um movimento de mercado?

O anúncio coloca a Amazon ao lado de outras grandes empresas de tecnologia que também vêm ajustando suas estruturas diante da pressão por eficiência e automação. Intel, DuoLingo e Meta fizeram movimentos recentes nesse sentido, em alguns casos reduzindo áreas tradicionais e, em outros, recalibrando times dedicados à própria IA.

A busca por estruturas mais leves e custos menores, porém, abre um debate importante. Especialistas alertam que cortar funções operacionais ou cargos de entrada pode gerar um efeito cascata: menos oportunidades para quem está começando, menos espaço para aprender na prática e, no longo prazo, menos profissionais preparados para ocupar posições críticas de liderança.

O caso da Amazon reforça que equilibrar a pressão por eficiência tecnológica com a necessidade de formar, desenvolver e reter talentos em um contexto em que as mudanças chegam cada vez mais depressa é, certamente, um dos grandes desafios dos próximos anos para a gestão de pessoas.