Pesquisas sugerem que as criptomoedas causam um enorme impacto no meio ambiente. Dentro das empresas do ramo também não faltam polêmicas.
As moedas digitais crescem e, com elas, aumenta o consumo de energia – isso em tempos em que nunca se falou tanto sobre meio ambiente e escassez de recursos.
Estudos ligam o processamento do Bitcoin (a criptomoeda mais famosa) a um gasto de energia maior do que países como a Argentina.
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O Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge, que vem estudando o negócio de criptomoedas, projeta o consumo total de energia do Bitcoin entre 40 e 445 terawatts-hora (TWh) por ano, com uma estimativa média de cerca de 130 terawatts-hora. No Reino Unido, por exemplo, o consumo de eletricidade é de pouco mais de 300 terawatts-hora por ano.
Apesar disso, a primeira corretora de criptomoedas, a startup Coinbase − que permite aos clientes comprarem e venderem criptomoedas como Bitcoin e Ether −, estreou com sucesso na Bolsa de Valores americana. No primeiro dia, suas ações chegaram a ser negociadas por 429 dólares – quase 72% acima dos 250 dólares estipulados pela Nasdaq como valor de referência.
Fundada em San Francisco em 2012, a empresa terminou o dia avaliada em quase 86 bilhões de dólares. Ao contrário de outras startups que vão a público, a Coinbase é lucrativa. Nos primeiros três meses deste ano, a empresa apurou lucro líquido entre 730 milhões e 800 milhões de dólares sobre uma receita de 1,8 bilhão de dólares.
Outras polêmicas cercam a Coinbase. Presidente-executivo e cofundador da empresa, Brian Armstrong declarou, no ano passado, que os colaboradores da startup devem evitar discussões políticas. Além disso, mulheres e negros, ex-funcionários da Coinbase, já se manifestaram contra o tratamento injusto que teriam recebido da empresa. E clientes cujas contas foram pilhadas por invasores ou que tiveram suas contas bloqueadas disseram que a Coinbase ignorou seus pedidos de ajuda.