Pesquisa mostra descompasso: maioria dos líderes acha que as empresas se esforçam para ser sustentaveis, mas acabam fazendo greenwashing
A preocupação com a sustentabilidade é mais marketing do que, de fato, ações concretas. Quem diz isso são os próprios executivos das companhias. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Instituto Harris Poll, em parceria com o Google, que ouviu 1.491 executivos C-level.
Não é que o tema não tenha ganhado importância. A pesquisa mostra que as iniciativas relacionadas à ESG aparecem como prioridade das organizações, no mesmo nível de importância que evoluir e ajustar modelos de negócio e com um orçamento perto de 10% das empresas voltado para a sustentabilidade.
Segundo publicado no site Google Cloud, os “executivos estão dispostos a fazer crescer seus negócios de uma maneira que seja sustentável, mesmo que isso signifique perda de receitas no futuro próximo”.
Apesar disso, o estudo mostrou que, para a maioria dos líderes, em especial nos Estados Unidos, a empresa faz greenwashing, ou seja, divulga e coloca em destaque seus esforços de sustentabilidade sem realmente medir o quanto está avançando com suas iniciativas. Apenas 36% dos respondentes disseram que as organizações têm ferramentas para medir e quantificar seus esforços em sustentabilidade, e apenas 17% das que têm esses recursos estão usando as métricas para otimizar seus resultados.
A maior parte dos críticos da própria empresa vêm dos executivos de finança e de supply chain e logística. Mas, em geral, 82% dos respondentes concordaram com a frase “Eu queria que nosso conselho ou liderança sênior nos desse mais espaço para priorizar a sustentabilidade”.
Veja a seguir alguns outros números do estudo:
80% – as empresas estão se esforçando acima da média para ser sustentáveis
72% – dos executivos americanos dizem que a sua empresa faz greenwashing
65% – querem avançar suas práticas de sustentabilidade, mas não sabem como fazer isso
36% – conseguem, de fato, medir as ações de sustentabilidade