Green skills são destaque em relatório sobre futuro do trabalho

Segundo Relatório sobre o Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial, green jobs e green skills terão funções de destaque nos próximos anos

O Fórum Econômico Mundial lançou o seu Relatório sobre o Futuro do Trabalho. Um dos pontos analisados é o das habilidades que os profissionais necessitam para exercer seus trabalhos a partir das mudanças presentes e futuras nas diversas indústrias. 

No ranking das habilidades mais desejadas pelos empregadores, o pensamento analítico se manteve em primeiro lugar, como na última edição do estudo, feita em 2020. As habilidades cognitivas e as de autoconhecimento e auto-eficácia (conhecidas como soft skills) dominam as primeiras posições da tabela. 

Entre as 10 habilidades que serão mais necessárias para os profissionais estão: 

  1. Pensamento analítico (habilidade cognitiva) 
  2. Pensamento criativo  (habilidade cognitiva) 
  3. Resiliência, flexibilidade e agilidade (auto-eficácia)
  4. Motivação e autoconhecimento (auto-eficácia)
  5. Curiosidade e aprendizagem ao longo da vida (auto-eficácia)
  6. Alfabetização tecnológica (habilidade tecnológica)
  7. Confiabilidade e atenção aos detalhes (auto-eficácia)
  8. Empatia e escuta ativa (habilidade do trabalho com outras pessoas)
  9. Liderança e influência social (habilidade do trabalho com outras pessoas)
  10. Controle de qualidade (habilidades de gestão)

O relatório também apontou uma queda na importância das habilidades físicas, como  destreza manual, resistência e precisão, que aparecem no fim do ranking de 26 habilidades. 

Outra novidade é que o estudo inseriu, pela primeira vez em suas perguntas, as habilidades éticas. A gestão ambiental aparece em 23º e a cidadania global em 25º. Segundo os dados, 68% das empresas acreditam que, com os consumidores se tornando mais ativos em questões sociais e ambientais, é provável ou altamente provável que isso impulsione a transformação dentro de sua organização nos próximos cinco anos.

Com isso, se as empresas quiserem atender às crescentes demandas éticas impostas a elas, os trabalhadores precisarão de treinamento de habilidades, principalmente das chamadas green skills

Green jobs e green skills 

Com o mundo inteiro, em praticamente todas as indústrias, encarando o ESG com mais seriedade, a demanda pelos green jobs também cresce. A transição para operações mais sustentáveis pode criar 30 milhões de empregos globalmente até 2030, em áreas como tecnologias de energia limpa, eficiência e baixas emissões.

O relatório também mostra que os empregadores esperam um crescimento rápido em áreas que hoje em dia empregam um número relativamente baixo de pessoas, como a de energia renovável e aquelas relacionadas à mitigação do aquecimento global. 

Segundo o estudo, os cargos de Especialistas em Sustentabilidade e Profissionais de Proteção Ambiental devem crescer 33% e 34% respectivamente, traduzindo-se num crescimento de cerca de 1 milhão de postos de trabalho.

Com base em dados fornecidos pelo LinkedIn, o estudo também mostra que os empregadores aumentaram as taxas de contratação dos green jobs, com o crescimento ano a ano superando o crescimento geral da taxa de contratação todos os anos desde 2019.

Isso resultou em cargos de sustentabilidade representando três das dez funções de crescimento mais rápido no LinkedIn nos últimos quatro anos, incluindo Analistas de Sustentabilidade, Especialistas em Sustentabilidade e Gerentes de Sustentabilidade. 

Além dos green jobs, será preciso uma força de trabalho com as habilidades necessárias para preenchê-los. Os dados obtidos pelo estudo mostram que a proporção da força de trabalho que relata ter as green skills, ou habilidades sustentáveis, está aumentando para atender ao aumento da demanda, crescendo quase 40% desde 2015, de 9% para 13%. 

São exemplos de green skills habilidades que fazem com que o profissional consiga desempenhar funções relacionadas ao ESG, à sustentabilidade, à energia renovável, ao clima, entre outros, em todas as indústrias.

Países como Austrália, Argentina, Suécia, Holanda e Estados Unidos estão liderando os esforços de aprendizado de habilidades verdes no governo e no setor público.

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