Donos de prédios de escritórios temem a falência nos Estados Unidos

Estudos estimam que o preço dos prédios de escritórios pode despencar 39% nos próximos anos

A expectativa dos donos de prédios de escritórios em grandes cidades norte-americanas era positiva, afinal, com a pandemia retrocedendo, as escolas voltando e a vida retornando ao normal, era de se esperar que os dois anos de dificuldades da pandemia já estavam para trás.

Mas, muito pelo contrário, as coisas continuam piorando para eles. Conforme os contratos chegam ao momento de renovação, as organizações cada vez mais optam por escritórios menores, com menor capacidade de funcionários, trazendo prejuízo para os proprietários.

E a expectativa não é boa, já que grandes companhias de tecnologia, como Meta, Twitter e Salesforce, que fornece soluções digitais, preveem cortes de milhares de profissionais nos próximos meses. Segundo o site Layoff.fyi, que acompanha demissões em massa, mais de 100 mil trabalhadores, somente da área de tecnologia, foram desligados em 2022.

De acordo com um recente estudo das Universidades de Columbia e de Nova York, o valor deste tipo de edifício nos Estados Unidos pode despencar 39%, ou 454 bilhões de dólares nos próximos anos.

“Nós vemos muitos inquilinos não renovando seus contratos, seja por estarem adotando o home office ou por buscarem salas menores”, disse Stijn Van Nieuwerburgh, um dos autores do estudo, ao jornal New York Times.

Segundo a Controladoria de Nova York, o valor deste tipo de construção já caiu 78 bilhões de dólares somente em 2021. A capital do estado é uma das cidades mais afetadas pelo fenômeno, já que também é a localidade com mais prédios de escritórios no país.

“A disponibilidade no centro já é um recorde, passando de 20%”, diz Franklin Wallach, um executivo da corretora de imóveis Colliers. “Estamos falando de prédios consolidados, bem localizados em Wall Street, e estamos vendo muitas áreas disponíveis. Não somente um ou outro inquilino, mas diversas grandes empresas liberando os imóveis de uma vez só”, garante ele. 

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