Apenas 3 em cada 10 pessoas aspiram cargos de C-level

Um estudo da consultoria Empower descobriu que mesmo desinteressados por cargos c-level, a maior parte dos trabalhadores considera o salário como o principal fator de satisfação com o trabalho

Os funcionários estão cada vez menos interessados em ocupar cargos de liderança nas empresas, segundo uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Empower, em parceria com a Harris Poll.

O estudo, que entrevistou mais de 2 mil pessoas nos Estados Unidos, revelou que apenas 3 em cada 10 trabalhadores dizem que aspiram a se tornar um líder C-level, ou seja, um executivo de alto escalão, como CEO, CFO, CTO, etc.

Os millennials foram os que mostraram maior interesse, com 39%. Porém, mesmo entre eles, a maioria (61%) não tem essa ambição.

Então o que motiva os trabalhadores?

Segundo a pesquisa, o principal fator de satisfação no trabalho para os funcionários é o dinheiro, com 67% das respostas. Os trabalhadores disseram que se sentem mais satisfeitos com um salário mais alto do que com lealdade ou longevidade na empresa, reconhecimento no trabalho, ser um líder inspirador ou assumir projetos desafiadores.

No entanto, fica clara uma contradição entre o salário e o desejo de progredir na carreira. Por exemplo, 38% das pessoas (e mais da metade da geração Z) disseram que acreditam que não são pagos o suficiente para ir além do seu atual cargo. Ao mesmo tempo, cerca de um quarto dos entrevistados disse que não está trabalhando em sua capacidade máxima.

Além disso, 23% das pessoas (e 37% da geração Z) afirmaram que nada os motivaria a trabalhar mais. Na verdade, quase um terço dos respondentes disseram que não querem que seu cargo mude, mesmo que isso signifique sacrificar uma promoção ou um aumento.

Uma nova forma de ambição parece estar surgindo, de acordo com um relatório da Randstad, onde os trabalhadores estão menos focados na progressão de carreira e mais em outras prioridades. Ao tomar suas decisões profissionais, os funcionários estão enfatizando o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, a flexibilidade, a equidade, o pertencimento e o aprimoramento de habilidades.

Como as empresas podem se adaptar?

Esses resultados indicam que os trabalhadores estão buscando um sentido maior para as suas atividades, e que as empresas precisam se adaptar a essa nova realidade. Segundo o relatório da Empower, “as organizações devem oferecer aos seus funcionários oportunidades de desenvolvimento, reconhecimento, autonomia e alinhamento com os valores e a missão da empresa”.

Além disso, especialistas da empresa recomendam investir em uma comunicação transparente e frequente com as equipes, para entender as suas necessidades, expectativas e aspirações, e para criar um ambiente de confiança e engajamento.

A mudança de mentalidade dos funcionários pode ter sido influenciada por diversos fatores, mas essa tendência deve se manter no futuro. Por isso, “as empresas que quiserem melhorar a atração e retenção de talentos devem estar atentas às novas aspirações dos trabalhadores, e oferecer um trabalho que seja não apenas remunerado, mas também significativo, gratificante e flexível”, recomenda o relatório.

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