Estudos apontam que, ao contrário do que acredita o senso comum, permanecer com a imagem durante os encontros virtuais não representa maior engajamento. Fora isso, o hábito também é o maior responsável pelo zoom fatigue
Manter a câmera ligada durante uma videoconferência tende a dificultar a comunicação falada, em comparação com os encontros em que se utilizam apenas áudio.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Carnegie Mellon University recrutaram 198 pessoas para participar de um teste de inteligência coletiva que mediria a capacidade de colaboração. Os indivíduos foram divididos em pares: metade das duplas realizou o teste por meio de uma videoconferência com a câmera ligada; a outra metade utilizou apenas áudio.
Além da comunicação, os pares que mantiveram o vídeo ligado também pontuaram menos na capacidade das equipes resolverem problemas juntas.
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Outra pesquisa, dessa vez de professores da Universidade do Arizona também descobriu que conduzir reuniões com a câmera desligada pode diminuir o cansaço batizado de fadiga do zoom. Após recrutar 103 participantes e acompanhar suas videoconferências durante alguns dias, algo que rendeu ao todo 1.400 observações, os estudiosos descobriram que quando as pessoas abriam as câmeras ou recebiam ordens para ligá-las, elas também relatavam mais cansaço em comparação aos dias que não realizavam reuniões com imagem.
Essa fadiga também representou menos envolvimento e fala dos participantes nos encontros. Isso contraria o senso comum de que as câmeras são necessárias para o envolvimento em reuniões virtuais. “Há muita pressão de auto-apresentação associada a estar diante das câmeras como ter um ambiente profissional ao fundo ou manter as crianças fora da sala, por exemplo”, diz Allison Gabriel, professora do curso de gestão da Universidade do Arizona e uma das autoras do estudo.
Allison também descobriu que esses efeitos eram mais fortes para as mulheres e para os funcionários mais novos na organização, provavelmente devido a pressões adicionais ligadas à imagem profissional “As mulheres muitas vezes sentem a pressão para serem perfeitas sem esforço ou têm maior probabilidade de interrupções no cuidado dos filhos, e os funcionários mais novos sentem que devem estar na frente das câmeras e participar para mostrar produtividade”, diz a acadêmica.
Nem sempre o vídeo é necessário na reunião — como nem sempre a reunião em si precisa acontecer. O líder deve ponderar qual o melhor custo-benefício para cada encontro e orientar o time a ligar ou câmera ou se concentrar apenas na voz.
Foi muito relevante estes dados apontados por causa da particularidade de cada pessoa .
As pessoas não estão habilitadas a se expor perante uma câmera 🎥 que não deixa se ser uma telinha .
Pensa se que ao estar conectado com a tela terá mas produtividade e automaticamente mais atenção.
Muito relevante este estudo de mostrar o fato ao contrário, como é importante uma pesquisa bem feita e aplicável .👏👏👏👏Ana Cris Wolff