Uma pesquisa da Glassdoor descobriu que jovens trabalhadores em cargos de entrada estão menos propensos a gostarem do home office e a estarem satisfeitos com o trabalho
Nos últimos anos, o mercado têm vivenciado uma movimentação no modelo de trabalho: começou com a pandemia levando muitos trabalhadores para o home office e, agora, as empresas se dividem entre as que mantiveram a prática como um benefício, as que estabeleceram um regime híbrido e aquelas que voltaram atrás e exigiram que os funcionários voltassem ao presencial.
Todo esse movimento é percebido pelos trabalhadores de formas diferentes. Uma pesquisa realizada pela Glassdoor mostrou que os funcionários em início de carreira estão menos propensos a gostarem do home office. Eles tiveram a menor avaliação do trabalho feito fora do escritório, com 4.3 em 5. Os trabalhadores de nível médio marcaram 4.6 e os de nível de direção 4.7.
“Ambientes de trabalho remotos podem apresentar desafios para promover uma cultura organizacional de engajamento, principalmente para trabalhadores em início de carreira. Eles podem ter dificuldades para estabelecer uma presença sólida nas organizações e o trabalho remoto parece não estar ajudando nisso”, escreveu no estudo Richard Johnson, economista associado e cientista de dados na Glassdoor.
A pesquisa também descobriu que, em geral, profissionais em início de carreira também têm menos satisfação no trabalho. Ao comparar os índices de satisfação geral entre quem trabalha de forma remota, as pessoas de nível médio são as mais satisfeitas.
O estudo aponta que os resultados encontrados estão em consonância com pesquisas anteriores feitas pela plataforma, que mostram que estagiários são mais propensos a avaliar o home office de forma negativa. Para Johnson, tanto pessoas em vagas de estágio quanto aquelas no início da carreira podem enfrentar desafios de comunicação e conexão com outras pessoas durante o trabalho remoto.
“Ainda há bastante trabalho a ser feito para garantir que pessoas no início da carreira encontrem suporte completo, recursos e as oportunidades que elas precisam para ficarem satisfeitos ao trabalhar remotamente, assim como os seus colegas de trabalho com mais experiência”, escreveu Johnson.
Apesar de uma aparente insatisfação com a forma em que o regime remoto tem sido conduzido, os dados também mostram que trabalhar de casa é visto como o terceiro melhor benefício por trabalhadores de todos os níveis. Os profissionais ressaltam que o modelo de trabalho é positivo em vários aspectos, como produtividade, flexibilidade, tempo para estar com seus entes queridos, menos tempo de deslocamento e menos micro agressões no ambiente de trabalho.
Entre os três melhores benefícios, em primeiro lugar, ficaram as férias remuneradas e, em segundo, o plano de saúde.
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