Retorno forçado ao escritório e abandono de políticas com foco em diversidade fazem colaboradores sentirem que empregadores não se importam com eles
Um levantamento da Businessolver revelou que cerca de 50% dos líderes consideram suas culturas organizacionais “tóxicas”. Mas essa não parece ser mais uma preocupação para muitas companhias.
De acordo com a pesquisa, cerca de 37% dos CEOs acreditam que a empatia não tem lugar no ambiente corporativo.
Essa percepção acompanha o movimento de retorno a uma postura mais rígida por parte de algumas companhias.
Gigantes como Amazon, JPMorgan, Microsoft e Meta, por exemplo, estão exigindo retorno aos escritórios e endurecendo suas políticas de avaliação e contratação com a justificativa de fortalecer a cultura, intensificar a cobrança por produtividade e melhorar o desempenho.
Paralelamente, em muitas delas, também há redução ou extinção de iniciativas voltadas para a saúde, diversidade, equidade e inclusão (DEI), o que reforça a mudança no discurso que dominou o período da pandemia.
Empatia em queda
Especialmente em um momento em que muitas organizações adotam políticas mais rígidas, esses dados indicam que está realmente havendo um distanciamento crescente entre empresas e funcionários.
Porém, especialistas alertam que essa abordagem pode gerar consequências negativas a longo prazo, como colaboradores desmotivados, alta rotatividade e um clima organizacional tóxico.
O que se percebe até aqui é que, em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, as empresas que equilibram metas de alto desempenho com um olhar atento à justiça social e ao bem-estar dos funcionários tendem a ser mais resilientes e sustentáveis.