O papel do RH está mais amplo, importante − e estressante − do que nunca

A área de recursos humanos tem de cuidar de temas mais complexos, como diversidade e experiência do funcionário, e enfrenta maior pressão de outros departamentos

Na última década, as prioridades organizacionais e os modelos de negócios passaram por uma alteração importante. As pessoas têm sido cada vez mais reconhecidas como a força motriz por trás da criação de valor, empurrando os profissionais de recursos humanos para os holofotes. Essa transformação foi acelerada pelas mudanças trazidas pela pandemia da covid-19. Os funcionários estão esperando mais de seus empregadores e o papel do RH se tornou mais abrangente, significativo – e mais estressante do que nunca.

De acordo com pesquisa da consultoria McLean&Company, 50% dos profissionais de gestão de pessoas se sentem mais pressionados e afirmam que os níveis de estresse aumentaram fortemente. Em 2020, esse percentual era de 41%.

O estudo, que ouviu cerca de 850 pessoas globalmente, sendo metade de outras áreas além do RH, analisou também as pautas mais relevantes em gestão de pessoas para os próximos 12 meses.

Cinco prioridades das organizações em 2021:

  1. Recrutar
  2. Desenvolver os líderes
  3. Controlar custos trabalhistas e maximizar gastos com a mão de obra
  4. Promover a diversidade, a equidade e a inclusão
  5. Proporcionar uma ótima experiência ao funcionário

Em 2020, o combo diversidade, equidade e inclusão aparecia somente no oitavo lugar da lista. Contudo, a pandemia trouxe ainda mais desafios para o tema – com creches, acessibilidade no mundo remoto e bem-estar sendo mais importantes do que antes.

Em 2020, 25% das empresas não tinham um programa para a diversidade, porcentagem que caiu para 6% este ano.

Outro destaque do estudo vai para o home office. Mais de nove entre dez corporações planejam implementar ou continuar alguma forma de trabalho remoto em 2021. A longo prazo, isso expõe a necessidade de aumentar a frequência das pesquisas de engajamento entre os funcionários – algo que 30% das empresas entrevistadas já estão fazendo. Pode significar também que, no futuro, as companhias sem práticas de trabalho remoto terão mais dificuldade em atrair e reter talentos.

Segundo os consultores da McLean, o papel do RH no planejamento da continuidade dos negócios pode ser o que separa as empresas que prosperam, apesar das crises, daquelas que ficam para trás – o que não chega a ser novidade. Só falta os outros departamentos enxergarem isso. Entre os respondentes de fora do RH, apenas 26% acreditam na eficácia da área de pessoas.

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