Segundo pesquisa, apenas 4,5% dos profissionais se autoidentificam como pessoas com deficiência; número é de 7% nos conselhos
Embora os esforços de diversidade, equidade e inclusão, por parte das organizações, tenham aumentado nos últimos anos, o número de profissionais que pertencem a grupos minorizados nelas ainda seguem tímidos, inclusive nos conselhos de administração.
Segundo a pesquisa Disability Equality Index, feita pela Disability:IN e pela American Association of People with Disabilities (AAPD), 93% das empresas incentivam seus funcionários com deficiência a se autoidentificarem. No entanto, apenas 4,5% deles são pessoas com deficiência. Em relação ao conselho, apenas 7% das organizações relatam ter integrantes com deficiência.
Segundo Ted Kennedy Jr., copresidente do Disability Equality Index e membro do conselho da AAPD, quando indivíduos trazem uma diversidade de habilidades e perspectivas para a mesa, existe uma maior eficácia de maneira geral, mas a deficiência continua atrás de gênero e etnia nas considerações de diversidade do conselho.
“Incentivamos fortemente as empresas a buscarem, nomearem e relatarem a representação da deficiência em nível de diretoria para cumprir seus compromissos de responsabilidade social corporativa e catalisar oportunidades para 1,3 bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo”, disse ele em um comunicado à imprensa.
O relatório também mostrou que, embora a passos tímidos, as iniciativas de D&I por parte das empresas cresceram do último ano para cá. 72% delas disseram comercializar diretamente para a comunidade de pessoas com deficiência, retratando pessoas com deficiência em seus materiais de marketing e/ou publicidade externos ou internos, acima dos 70% em 2022. Já 64% relataram ter requisitos para tornar os seus produtos digitais acessíveis e utilizáveis para pessoas com deficiência, contra 62% em 2022.
Por outro lado, a pesquisa descobriu que a maior parte das organizações ainda encontra dificuldades para incluir dados sobre deficiência em suas metas. Embora 69% das empresas emitam relatórios anuais de diversidade, apenas 24% o fazem com informações sobre pessoas com deficiência.
Outra lacuna é em relação à cadeia de fornecedores. Enquanto 84% das organizações têm um líder ou gerente responsável pela diversidade de fornecedores em sua organização, apenas 25% relataram ter metas de diversidade de fornecedores focadas em deficiência.
“A diversidade, equidade e inclusão não é apenas uma pontuação. Trata-se de iluminar as práticas que têm o maior impacto. Equipadas com esse conhecimento, as empresas hoje têm uma oportunidade sem precedentes de abraçar a inovação e as perspectivas únicas que os talentos com deficiência trazem para a mesa”, explicou, em um comunicado à imprensa, a presidente e CEO do Disability:IN, Jill Houghton.
O estudo entrevistou 485 organizações em mais de 30 setores, como tecnologia, finanças e saúde.
Quer saber o que as empresas estão fazendo para promover a diversidade de suas equipes?
A biblioteca de cases da Think Work conta com diversos projetos de sucesso que relatam todo o processo desde a concepção da iniciativa, até a implementação e os resultados. Acesse nossa área exclusiva para assinantes e confira.