Segundo pesquisa da Deloitte, profissionais LGBTI+ querem um empregador mais inclusivo
Um relatório feito pela Deloitte descobriu que um terço dos profissionais LGBTI+ está procurando ativamente um novo emprego em busca de uma empresa mais inclusiva. A pesquisa foi feita com 5.400 pessoas LGBTI+, em 13 países e que não trabalham na Deloitte.
As principais razões para que eles procurarem um novo empregador são:
- A diversidade na força de trabalho (69%);
- Melhores oportunidades de se envolver em iniciativas de diversidade e inclusão (64%);
- O compromisso interno (63%) e externo (56%) da organização com a inclusão;
- Ter lideranças que são abertamente LGBTI+ (53%).
Segundo Elizabeth Faber, diretora global de pessoas e objetivos da Deloitte, em um comunicado à imprensa, os resultados da pesquisa reforçam que, quando as organizações promovem a diversidade e demonstram um compromisso com a inclusão LGBTI+, isso pode ter um impacto positivo na vida e nas experiências de todos os funcionários no local de trabalho.
“No entanto, a pesquisa também mostra que as organizações devem fazer mais para fornecer um ambiente no qual os funcionários LGBTI+ se sintam capazes de serem eles mesmos no trabalho”, explicou.
A geração Z e os Millennials são muito mais propensos a buscarem por diversidade e inclusão ao procurar um novo empregador. 43% dos entrevistados da Geração X disseram que buscaram ativamente informações sobre o compromisso de uma organização com a diversidade e a inclusão antes de se candidatarem à sua função atual, em comparação com 64% dos Millennials e 72% da Geração Z.
Para a maior parte dos entrevistados, poder se expressar como uma pessoa LGBTI+ no trabalho é de extrema importância. Seis em cada 10 entrevistados acreditam que é importante poder expressar livremente sua orientação sexual no trabalho, enquanto 75% disseram o mesmo sobre a identidade de gênero.
Mas menos da metade se sente confortável em dizer que é LGBTI+ para todos os seus colegas de trabalho e apenas 37% se sentem confortáveis em revelar a sua orientação sexual ou identidade de gênero para as suas lideranças diretas.
Os principais motivos para não conseguirem se expressar livremente no trabalho são:
- A preocupação em ser tratado de maneira diferente;
- Preocupações sobre enfrentar discriminação ou assédio e não ser tratado com respeito;
- Preocupações com a segurança pessoal;
42% dos entrevistados já vivenciaram comportamentos não inclusivos no trabalho e pouco menos da metade diz ter certeza de que os experimentou como resultado de sua orientação sexual ou identidade de gênero, com outros 37% dizendo que suspeitam fortemente que esse seja o motivo.
Por fim, 43% das pessoas LGBTI+ que passaram por situações desrespeitosas no trabalho, 43% não fizeram nenhuma denúncia para a liderança. Quatro em cada 10 não o fizeram porque achavam que a sua reclamação seria levada a sério e tinham receio de que a denúncia piorasse a situação; um terço não tinha confiança de que uma ação seria tomada e um pouco menos de um terço não relatou porque se preocupou com o impacto que isso poderia ter na sua carreira.
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