Grupo formado por 225 profissionais, inclusive engenheiros, nos Estados Unidos, quer pressionar a liderança da companhia por mudanças no ambiente de trabalho
Cerca de 225 funcionários, inclusive engenheiros, do Google, nos Estados Unidos, criaram um sindicato próprio, chamado de Alphabet Workers Union. (Alphabet é o nome da holding criada em 2015 para englobar o Google e as outras unidades de negócios.) O grupo, que representa menos de 1% do total de 260 mil trabalhadores da companhia, foi planejado em segredo ao longo de 2020 e teve sua liderança eleita no mês passado.
Segundo os novos sindicalistas, a ideia não é negociar contratos de emprego com a gigante de tecnologia, mas, sim, estruturar e “manter vivo” o ativismo que começou no Google há mais de um ano. Entre as exigências estava principalmente a revisão da cultura corporativa.
Chewy Shaw, engenheiro baseado em San Francisco e vice-presidente do conselho de liderança do grupo, disse ao New York Times que o sindicato era uma ferramenta importante para sustentar a pressão nos gestores, de forma que os funcionários pudessem forçar as mudanças na empresa. “Nossos objetivos vão além das questões do local de trabalho de ‘As pessoas estão recebendo o suficiente?’ Nossos problemas são muito mais amplos. É um momento em que o sindicato é a resposta para esses problemas”, declarou Chewy ao NYT.
Os sindicatos não fazem parte da cultura geek das companhias do Vale do Silício. Contudo, essa característica parece estar mudando.
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Um grupo de funcionários contratados do Google, em Pittsburgh, se sindicalizou em 2019. E é esperado que milhares de empregados de um centro de distribuição da Amazon, no Alabama, sigam o mesmo caminho nos próximos meses.