Desigualdade social afeta acesso a benefícios

Pessoas de minorias tendem a ter menos condições de usar benefícios e de se manter com o salário, diz estudo

Mesmo quando têm uma remuneração maior, certos grupos têm dificuldade de conseguir atender a necessidades básicas e acessar seviços de saúde – um reflexo da desigualdade social. Isso é o que indica um estudo da Mckinsey, que descobriu que 69% dos funcionários negros e 66% dos profissionais LGTQI+ com salário anual de até 100 mil dólares lutam para ter estabilidade financeira, suporte social e segurança alimentar. Enquanto isso, essa é a realidade para apenas 49% das pessoas brancas.

Ainda de acordo com o levantamento,  que ouviu 2.700 pessoas, as pessoas que têm dificuldade em atender duas ou três necessidades básicas também são 2,4 vezes mais propensas a não receberem cuidados de saúde. Isso aconteceria porque elas acabam precisando se concentrar em lidar com preocupações mais imediatas, como garantir moradia e segurança.

Outro achado do estudo foi que pessoas negras e LGBTQI+ também são até 10% mais propensas a relatar que enfrentam estigmas no uso de serviços de saúde, em comparação com os brancos. 

Olhar para essas diferenças deveria fazer parte da estratégia das empresas, sobretudo se elas estão preocupadas em garantir a diversidade no ambiente de trabalho. De acordo com o relatório da McKinsey, grandes empregadores oferecem há muito tempo planos de saúde, mas muitos agora começam a se perguntar o que mais podem fazer para ajudar os funcionários a acessarem os serviços de saúde e outros benefícios de que precisam.

Para reduzir a desigualdade social nos acessos aos benefícios, a consultoria sugere três passos:

  • expandir benefícios para ajudar a suprir necessidades básicas (como moradia e transporte)
  • garantir que benefícios sejam fáceis de usar, acessar e entender
  • mudar a cultura corporativa para tirar o estigma de quem recebe ajuda.

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