Funcionários cobram ações das empresas por bem-estar financeiro

Com a crescente preocupação dos funcionários com suas finanças, empresas podem criar programas de educação e bem-estar financeiro 

As dificuldades financeiras que uma pessoa enfrenta ao longo da vida podem afetar o seu bem-estar físico e mental, impactando também a sua vida profissional. Com isso, a questão passa a fazer parte da preocupação das empresas com o bem-estar dos funcionários. 

Uma pesquisa realizada pelo Employee Benefits Research Institute mostrou que três a cada quatro norte-americanos acreditam que seus empregadores têm a responsabilidade de garantir que os funcionários estejam bem fisicamente e emocionalmente.

No entanto, apenas quatro em cada dez empregados avaliam como ‘excelente’ ou ‘muito bom’ os esforços da empresa para melhorar seu bem-estar emocional e físico. Quando o assunto é o bem-estar financeiro, o número cai para 36%. 

Se por um lado os funcionários enfrentam a carência de auxílio por parte das empresas, por outro eles estão preocupados com suas vidas financeiras. Segundo a pesquisa, 60% dos norte-americanos estão pelo menos moderadamente preocupados com seu bem-estar financeiro, enquanto 50% e 48% disseram a mesma coisa sobre o bem-estar emocional e físico. 

O estudo também mostrou que 80% dos respondentes têm um nível elevado de dívidas – número que era de 65% em 2021. Entre quem está endividado, 78% citou que o problema está no cartão de crédito. 

A pesquisa ouviu 1.518 trabalhadores integrais e de meio período, com idades entre 21 e 64 anos, nos Estados Unidos. 

Oportunidades para as empresas

Com a preocupação financeira crescendo, surge um novo espaço para que as empresas possam criar benefícios que melhorem o bem-estar dos funcionários e ajudem na retenção de talentos

“Essa definitivamente é uma oportunidade para que os empregadores ajudem os funcionários a entender quais benefícios podem beneficiar a eles e a suas famílias”, disse à Hr Dive, Kerry Sette, vice-presidente de visão do consumidor e pesquisa na Voya Financial. 

Segundo Sette, uma dessas áreas é a de reserva de emergência. O estudo do EBRI mostra que, enquanto 52% dos funcionários têm reserva suficiente para lidar com uma grande emergência, pouco menos da metade se considera preparado para lidar com uma surpresa financeira de 5.000 dólares ou mais. 

Entre os respondentes, 60% disseram que seu plano de aposentadoria é a única reserva de emergência que eles têm. 

Outro espaço para a atuação das empresas é na educação financeira dos funcionários. Uma pesquisa da Morgan Stanley, de 2022, mostrou que quatro a cada cinco funcionários acreditam que seus empregadores deveriam ajudá-los a entender como maximizar seus benefícios. Para 90% dos entrevistados, ter benefícios financeiros que contemplem suas necessidades os faria se sentir mais empolgados com o trabalho. 

Mais um estudo, desta vez feito pela Vestwell, apontou que nove a cada dez funcionários acreditam que seus empregadores devam estar envolvidos na sua preparação e educação para a aposentadoria.

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