Em um cenário marcado por crises sucessivas, a geração Z tem revelado uma mudança em seus valores e prioridades
Uma pesquisa recente com 1.644 jovens entre 10 e 24 anos nos Estados Unidos mostrou que, entre 14 objetivos pessoais apresentados, o mais importante para essa geração é estar segura.
O estudo, publicado na Fast Company, foi conduzido por uma psicóloga que também é mãe de dois jovens da geração Z e buscou entender o que realmente importa para adolescentes e jovens adultos.
Os resultados revelam o impacto de um mundo instável na saúde emocional dessa geração, que cresceu diante de conflitos armados, mudanças climáticas, insegurança econômica e os efeitos prolongados da pandemia.
Mesmo que dados apontem que muitos aspectos da vida estejam mais seguros hoje do que no passado, os jovens não se sentem assim. O medo, alimentado por uma exposição constante a notícias negativas e conteúdos nas redes sociais, influencia diretamente a forma como enxergam o mundo.
Essa percepção, especialmente durante a adolescência, fase crítica do desenvolvimento cerebral, pode causar efeitos duradouros, como o aumento de casos de ansiedade, depressão e até problemas físicos.
Apesar disso, o levantamento mostra que a gentileza ocupa o segundo lugar entre os objetivos mais valorizados pelos jovens. Isso indica que, mesmo diante da sensação de ameaça constante, ainda há espaço para relações humanas baseadas em empatia e cuidado.
É fundamental compreender como esses sentimentos de insegurança são formados e quais os impactos que podem ter na formação e produtividade de uma nova geração de trabalhadores.
Ao criar ambientes mais seguros e acolhedores, e ao revisar a maneira como temas delicados são abordados em diferentes meios, é possível apoiar os jovens em sua construção de identidade, bem-estar e visão de futuro.