Longas jornadas de trabalho e desigualdade de gênero no mercado são alguns dos desafios para políticas de incentivo à natalidade
O governo chinês tem ampliado esforços para incentivar casamentos e aumentar a taxa de natalidade diante da crise demográfica que o país enfrenta.
Um exemplo recente ocorreu na cidade de Changsha, onde um festival temático de casamento foi organizado para estimular uniões e a formação de famílias. Entre as atrações, visitantes podiam testar um simulador de dores do parto e participar de oficinas sobre parentalidade.
No entanto, a iniciativa foi criticada por ser regressiva e por reforçar estereótipos de gênero, o que, segundo especialistas, pode afastar ainda mais as mulheres do casamento e da maternidade.
A taxa de natalidade chinesa atingiu o menor nível da história no ano passado, e demógrafos não preveem uma reversão da tendência em curto prazo. Dados do Ministério de Assuntos Civis da China mostram que o número de registros de casamento caiu 16,6% nos primeiros nove meses de 2024, chegando a 4,75 milhões de casais.
Em resposta, Pequim orientou governos locais a promover políticas de apoio à natalidade, como subsídios para moradia e melhorias nos benefícios de maternidade e creches.
Apesar disso, a falta de detalhes sobre financiamento e implementação levanta dúvidas sobre a eficácia dessas medidas.
E o que isso tem a ver com trabalho? Tudo!
Pesquisadores apontam que a queda na taxa de natalidade na China está ligada a fatores como longas jornadas de trabalho, altos custos com educação e moradia e persistente desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
Algumas cidades já oferecem incentivos como distribuição gratuita de vitaminas e campanhas diretas para encorajar a gravidez, mas tudo indica que as políticas isoladas dificilmente terão impacto significativo sem mudanças estruturais.
Na verdade, campanhas de incentivo à natalidade precisam ser acompanhadas por reformas estruturais, como redução e/ou flexibilização da jornada de trabalho, igualdade de oportunidades para mulheres e diminuição do custo de vida.
Sem essas mudanças, o apelo do governo por mais nascimentos pode continuar sendo ignorado pela população.
O peso de ter filhos é imenso! Insuportável. No Brasil existe um temor de se ter uma criança. Essa política destrutiva. Corrupção. Esquerdismo que amedronta país. Leis do stf a favor de bandidismo. Alta de alimentos insuportável. Ma administração de governo esquerdista.