Mais da metade dos líderes que tentaram substituir pessoas por ferramentas de inteligência artificial reconhecem que erraram
Um novo estudo da Orgvue, plataforma de software de design organizacional, divulgado pelo HR Drive, revela que 4 em cada 10 líderes já trocaram funcionários por ferramentas de inteligência artificial. Só que, entre eles, 55% reconhecem que tomaram decisões equivocadas.
O dado expõe os riscos de adotar a IA sem planejamento. Apressar cortes de pessoal confiando que a tecnologia suprirá lacunas operacionais pode gerar impactos negativos para o negócio, especialmente quando a própria liderança não domina o assunto.
Segundo a pesquisa, feita com mais de mil executivos, 25% não sabem quais funções se beneficiariam mais da IA, quase um terço não sabe quais estão mais suscetíveis à automação e 35% apontam a falta de conhecimento técnico como barreira para uma implantação eficaz.
Outro problema sugerido pelo relatório é o uso indevido da tecnologia pelos próprios trabalhadores.
Segundo um levantamento da KPMG citado no estudo, 44% reconhecem usá-la de forma imprópria no trabalho e quase metade já compartilhou dados sensíveis da empresa com plataformas públicas de IA.
Apesar das falhas, o otimismo segue alto: 75% dos entrevistados acreditam que suas empresas estarão aproveitando todo o potencial da IA até o fim do ano e 80% planejam aumentar os investimentos ainda em 2025.
Para evitar decisões precipitadas e impactos negativos, líderes precisam de foco em planejamento, requalificação de talentos e definição clara de políticas de uso da tecnologia. Preparar as equipes para trabalhar com a IA, e não contra ela, será essencial para transformar o entusiasmo em resultados sustentáveis.