Altas temperaturas prejudicam a produtividade e a economia dos EUA

As altas temperaturas têm afetado a produtividade dos trabalhadores e causado perdas na economia dos EUA

As altas temperaturas vivenciadas pelos Estados Unidos nas últimas semanas têm diminuído a produtividade dos trabalhadores e, com isso, prejudicado a economia do país. 

Há registros de locais, como o Vale da Morte (fronteira dos estados da Califórnia e Nevada), que chegaram a 53,3ºC e as projeções mostram que a expectativa é que alcance temperaturas ainda mais altas. 

O calor extremo tem afetado os trabalhadores além do esperado em setores como agricultura e construção. Temperaturas escaldantes estão causando problemas para quem trabalha em fábricas, armazéns e restaurantes e também para funcionários de companhias aéreas e empresas de telecomunicações, serviços de entrega e empresas de energia. 

Um estudo publicado em junho sobre os efeitos da temperatura na produtividade mostrou que, embora o calor extremo prejudique a agricultura, seu impacto é maior na indústria e em outros setores da economia, em parte porque a mão de obra empregada seria ainda mais intensa. 

Os motoristas e os trabalhadores dos armazéns da Amazon, por exemplo, entraram em greve para protestar contra as condições de trabalho. Em Orlando, as equipes de serviços públicos estão adiando as verificações de vazamentos de gás, já que cavar ao ar livre usando equipamentos de segurança pesados ​​pode colocar suas vidas em risco. Em Michigan, na fronteira norte do país, as equipes de construção estão trabalhando em dias reduzidos por causa do calor.

Segundo o The New York Times, em 2021, dados compilados pelo The Lancet constataram que mais de 2,5 bilhões de horas de trabalho nos setores de agricultura, construção, manufatura e serviços dos EUA foram perdidas devido à exposição ao calor. O jornal ainda levanta outro relatório, de 2020, que mostra que a perda de mão de obra por causa do calor custou à economia dos EUA cerca de 100 bilhões de dólares, um número projetado para crescer anualmente para 500 bilhões de dólares até 2050.

Ainda de acordo com o jornal, a produtividade cai 25% quando o termômetro atinge 32ºC e 70% quando ele passa de 37º. 

“Sabemos há muito tempo que os seres humanos são muito sensíveis à temperatura e que seu desempenho diminui drasticamente quando expostos ao calor, mas o que não sabíamos até muito recentemente é se e como essas respostas de laboratório extrapolam significativamente para a economia do mundo real”, disse R. Jisung Park, economista ambiental e trabalhista da Universidade da Pensilvânia, ao The New York Times. 

Na última semana, o presidente Joe Biden pediu ao Departamento do Trabalho para emitir um alerta de calor extremo e aumentar a fiscalização da segurança nos locais de trabalho por causa das altas temperaturas que atingem o país.

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