Ideia é dar flexibilidade total aos funcionários, com apenas alguns horários fixos para tarefas colaborativas e reuniões durante a semana. Startups como Dropbox já aderiram o formato.
A Arup, empresa de engenharia e design do Reino Unido, está propondo um novo modelo de trabalho flexível. Seus 6 mil funcionários podem distribuir as horas de expediente pelos sete dias da semana, sem precisar obedecer o padrão de segunda à sexta.
O programa, batizado de Work Unbound, foi lançado no início de 2021 e começou como um projeto-piloto de três meses nos escritórios da companhia.
Desde então, mais de 35% dos profissionais optaram por trabalhar alguns dias durante o final de semana. A escolha é especialmente bem-vinda para aqueles cujos cônjuges fazem plantões, mas também é utilizada por quem deseja um período mais calmo para se concentrar em tarefas complexas, sem a interrupção de reuniões ou e-mails.
Mas a Arup não está sozinha. Desde o ano passado, quando passou a adotar o trabalho remoto como padrão, a Dropbox, dona do popular software de compartilhamento de arquivos, também adotou “dias de trabalhado não lineares” para os seus funcionários.
Em outras palavras, as equipes definem horários centrais para atividades colaborativas e reuniões, mas os empregados são livres para estruturar suas atividades quando quiserem, em qualquer horário e dia da semana.
Segundo uma declaração da diretora global de RH, Laura Ryan, ao site Business Insider, o novo modelo modelo permitiu que ela diminuísse em cerca de 15 horas o tempo gasto em reuniões desnecessárias, além de repensar sua contribuição e dos outros nos encontros.
A flexibilidade de modelos como o da Dropbox e da Arup permite aos profissionais administrar os afazeres domésticos e corporativos, podendo contribuir até para a saúde mental. Contudo, também exige melhor sintonia entre as equipes e, principalmente, o cuidado para o trabalho não dominar também o sábado e o domingo de forma full time.