Entre outros benefícios, banco JP Morgan estendeu a licença parental para 16 semanas, para funcionários de homens ou mulheres
Um dos maiores bancos do mundo, o norte-americano JP Morgan & Co. realizou uma série de ajustes nas suas políticas de licença remunerada para casos como luto, doença e acompanhamento de familiares convalescentes.
Além de conceder 16 semanas de afastamento para qualquer um dos pais nos casos de nascimento ou adoção de um filho, a companhia também aumentou de seis para dez os dias de licença por questões de saúde e de cinco para 20 o afastamento em caso de perda de cônjuge, parceiro ou filho, mesmo nos caso de bebês natimortos ou de aborto espontâneo.
A nova política também prevê uma licença remunerada de até quatro semanas para casos de doenças sérias em esposas/maridos, cônjuges, filhos ou pais de funcionários. Os benefícios começam a valer a partir de 1 de janeiro de 2023.
Mesmo em meio às demissões em massa e os rumores sobre uma nova recessão, muitas empresas vêm investindo em benefícios para seus funcionários, como uma estratégia de atração e retenção.
Esse tipo de tática se tornou muito popular durante a pandemia, quando os problemas com a rotatividade se tornaram mais comuns nas companhias, e segundo um relatório produzido pela Human Resource Management, a tendência é que as políticas de extensão da licença parental para funcionários sejam mantidas ou até expandidas nos próximos anos.
No Brasil o assunto ainda é incipiente, apesar do programa do Governo Federal chamado Empresa Cidadã, que concede benefícios fiscais à empresas que prolongam as licenças-maternidade e paternidade. Um estudo feito pela ONG Family Talks mostrou que apenas 18,2% dos entrevistados acreditam que a licença parental ajuda a melhorar a qualidade da relação entre pais e filhos nos primeiros meses de vida ou adoção.