Pesquisa da Resume Now mostra que profissionais acima de 50 anos sofrem desrespeito, desigualdade salarial e até pressão para se aposentar
A discriminação por idade continua sendo uma das barreiras mais presentes no mercado de trabalho. Uma pesquisa da Resume Now com 878 profissionais revelou que 90% dos trabalhadores acima dos 50 anos já vivenciaram algum episódio de etarismo em suas carreiras.
De acordo com o estudo, 83% já sentiram desrespeito ocasional no trabalho e 8% relataram atitudes de desprezo por parte de colegas mais jovens.
Essa falta de respeito também se traduz em desigualdades: mais da metade dos entrevistados afirmou receber salários menores do que os mais novos pela mesma função, 15% disseram ter sido preteridos em promoções e 12% relataram pressão para se aposentar ou terem sido alvo de cortes de pessoal.
O papel das empresas
Diante desse cenário, o relatório Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações, realizado em parceria pela Robert Half e Labora, aponta que as organizações poderiam estar fazendo mais para combater o etarismo.
Cerca de 69% das empresas reconhecem que não oferecem oportunidades equitativas para diferentes faixas etárias. Outro dado alarmante: 77% delas não têm iniciativas voltadas para ampliar a diversidade geracional em seus processos seletivos.
Para reverter esse cenário, especialistas defendem que o RH assuma uma postura ativa: revisar políticas de recrutamento e promoção para eliminar vieses, incluir a diversidade geracional nas estratégias e criar programas de desenvolvimento que valorizem tanto a experiência quanto o conhecimento técnico dos candidatos.
Além disso, fomentar a colaboração entre diferentes gerações pode gerar um ganho de inovação, já que o encontro de perspectivas distintas favorece soluções criativas e uma cultura mais inclusiva.