Ainda não existem relatórios sobre o impacto da covid-19 na cultura corporativa. Tampouco há documentos sobre como seria a tal versão digital. Por enquanto temos de lidar com percepções, intuições e “achômetros”. André Spicer, da Universidade de Londres, sugere a arte da experimentação. “Os membros da empresa podem ser encorajados a usar a caixa de ferramenta cultural pré-existente para repensar a nova cultura e criar uma mais alinhada ao momento presente”, escreve em seu artigo.
A tentativa e erro deve se tornar uma prática daqui para frente. Anderson Sant’Anna, da FGV, acredita que o “nunca acabado” será opivô do mundo pós-moderno, “em que fluxos superam os produtos”, movendo-nos de um “mundo fixo” para um de “verbos fluídos”. Se ainda não temos as respostas, cabe a nós usar a imaginação.
5 cuidados para a cultura digital
Chris Montgomery | Unsplash
Inclusão digital. Para que a empresa desenvolva uma cultura digital, primeiro é necessário incluir todos os empregados no novo ambiente. A dificuldade de algumas pessoas em manusear a tecnologia é uma das barreiras a serem vencidas, mas a cada dia aparecem ferramentas que facilitam esse acesso. Os assistentes virtuais e as “Alexas” da vida poderiam ser instalados em uma sala de descanso, por exemplo, para “conversar” com os funcionários da operação.
Líder relacional. O estado da arte é ter gestores que, verdadeiramente, se importam com os outros; que incentivam o time a buscar as próprias respostas; e que ajudem os indivíduos a ressignificar o trabalho. “Os líderes precisam estar mais atentos às pessoas e focar no ‘como posso te ajudar’, para resgatar a confiança”, diz Patricia Bobbato, da Tigre. Em seu novo papel, o chefe tem consciência que reter a informação não traz poder: tem mais força quem a faz circular.
Frequência e repetição. Para que a nova cultura seja instalada, é preciso repetir constantemente os rituais que fortalecem os valores corporativos. As reuniões individuais entre líder e liderado, as celebrações, os town halls – tudo pode continuar online, com uma frequência maior do que no passado, mas cuidando para não exagerar no número de reuniões.
Conexão pessoal. Os laços entre os indivíduos acontecem por afinidade de valores e crenças. Uma conversa de 1 horas por videoconferência pode gerar uma conexão mais profunda do que um ano trabalhando ao lado de alguém. Mas, se a preocupação é promover interação pessoal, a empresa pode pensar em outras alternativas além do antigo escritório, como restaurantes, hotéis, parques.
As próximas páginas estão em branco. Vamos juntar repensar o mundo do trabalho?
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