Amazon, Walmart e outras gigantes do varejo nos Estados Unidos estão oferecendo faculdades 100% gratuitas para os funcionários

Novo benefício é uma forma de reter talentos no mercado repentinamente aquecido, mas também ajudar os profissionais a evitar dívidas enquanto buscam um diploma — um problema endêmico nos EUA

Um novo benefício corporativo começa a se popularizar nos Estados Unidos: empresas estão pagando a faculdade para os funcionários, e não só para posições estratégicas. Gigantes do varejo como Target e Walmart passaram a custear as mensalidades e os livros de cursos de graduação para os trabalhadores de suas lojas. A rede de restaurantes Chipotle e o Starbucks também possuem programas semelhantes.

Na última semana, a Amazon se tornou a última grande companhia americana a oferecer faculdade gratuita como um benefício para funcionários. A empresa planeja cobrir 100% das mensalidades, assim como taxas e custos dos livros, para seus 750 mil funcionários horistas. Os benefícios serão fornecidos por meio do programa Career Choice da Amazon.

Além de ser mais uma forma de reter talentos, o pano de fundo de iniciativas como essa é ajudar os profissionais a evitar dívidas enquanto buscam um diploma.

Por lá, o endividamento com crédito estudantil é um problema social, com 44 milhões de inadimplentes e um montante de mais de 1,6 trilhão em débitos educacionais. 

Por isso, não apenas as grandes corporações que estão expandindo as iniciativas de faculdades gratuitas. Na mesma semana que a Amazon anunciou os subsídios, os democratas também revelaram um plano para expandir os programas que ampliam o acesso a educação superior gratuita,

Entre as muitas iniciativas, os parlamentares estão propondo uma faculdade comunitária universal gratuita de dois anos, um dos principais objetivos da política do presidente norte-americano Joe Biden. A proposta cobriria 100% das mensalidades da faculdade comunitária, mas não outras despesas relacionadas à faculdade, como hospedagem e livros.

Por mais que o incentivo educacional seja motivado pela guerra de talentos em um mercado repentinamente aquecido, a estratégia acaba resolvendo outro problema: o da necessidade de capacitar a mão de obra diante da crescente automação de tarefas.

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